Vinho tinto, rosé, branco e até vinho vegano: o guia das cores de vinhos!
O universo do vinho é vasto e fascinante, repleto de nuances e sabores que podem encantar até mesmo os iniciantes. Se você está querendo um novo olhar sobre a cultura do vinho, este artigo é para você. Vamos desvendar os segredos das cores de vinhos, desde os tipos de uvas até as tonalidades que pintam as taças. E falando em vinho: aproveite a leitura com uma boa taça ao lado!
1. Tipos de uvas e cores de vinhos
Dentre as diversas cepas de uvas, algumas se destacam pela intensidade de pigmentos em suas cascas. Imagine as uvas como pequenas obras-primas da natureza, cada uma trazendo sua paleta única. A espessura da casca também influencia a quantidade dos pigmentos, portanto existem uvas com muitos pigmentos como a Cabernet Sauvignon, Syrah, Tannat (francesas), Nebbiolo (italiana), Baga, Tinto Cão (portuguesas); com média quantidade de pigmentos como a Cabernet Franc, Merlot, Pinot Noir (francesas), Sangiovese (italiana), Tempranillo (espanhola); ou com poucos pigmentos como a Gamay (francesa).
2. O solo e a arte da vinicultura
O solo que dá origem ao vinho desempenha um papel crucial na coloração. Solos calcários e xistosos tendem a produzir uvas mais pigmentadas, enquanto solos arenosos podem resultar em vinhos mais leves. A quantidade total de dias de sol durante o amadurecimento das uvas também influencia, trazendo à vida os pigmentos naturais. Vamos entender mais sobre isso.
3. A dança do sol: insolação total e tipo de plantio
A quantidade de luz solar que as uvas recebem durante o amadurecimento é uma dança delicada. Há o plantio em latada, que se assemelha a um caramanchão, no qual as folhas se entrelaçam formando uma densa camada, e os cachos, posicionados abaixo, recebem pouca incidência de luz solar, resultando em uvas com coloração mais leve. E o plantio em espaldeira, composto por fileiras espaçadas de vinhedos, permitindo que as videiras cresçam horizontalmente e recebam luz solar de ambos os lados, promovendo uvas com coloração mais intensa.
4. Vinificação: transformando uvas em rótulos
A arte da vinificação é onde a mágica acontece. Para os vinhos tintos, a maceração, ou seja, o tempo de contato entre cascas e mosto, é crucial. Quanto mais longa a maceração, mais intensa a cor final do vinho. Os tintos de guarda passam por esse processo até o final da fermentação, enquanto os rosados têm um contato mais breve, resultando na tonalidade rosada desejada.
A temperatura de fermentação também desempenha seu papel. Manter a temperatura em torno de 23°C produz vinhos rosados e tintos leves, enquanto temperaturas mais próximas de 30°C resultam em vinhos mais escuros e encorpados. Enzimas extratoras de cor e técnicas como a drenagem de mosto são ferramentas hábeis dos enólogos para compensar safras com menos sol. Tenha em mente que, se a temperatura estiver abaixo de 23ºC, será desafiador extrair os pigmentos naturais das uvas tintas, enquanto acima de 30ºC podem ocorrer fenômenos indesejáveis no vinho.
5. Da barrica à taça: amadurecimento e filtração
O amadurecimento em barricas de madeira não apenas estabiliza a cor dos tintos, mas também adiciona complexidade aos sabores. A filtração, utilizando clara de ovo para remover impurezas, é um toque final antes de o vinho chegar à sua taça.
E vinho vegano, existe? Vinhos veganos geralmente são produzidos sem o uso de clarificantes tradicionais como gelatina, claras de ovos, caseína (proteína do leite) e outros produtos de origem animal. Em vez disso, os produtores utilizam métodos alternativos de clarificação, como bentonita (argila), carvão vegetal ativado e outros agentes de origem vegetal.
Além disso, muitos produtores de vinhos veganos adotam práticas sustentáveis em suas vinícolas, preocupando-se não apenas com os ingredientes utilizados no processo de produção, mas também com questões ambientais e éticas.
Ao procurar vinhos veganos, é sempre recomendável verificar os rótulos e as informações fornecidas pelos produtores. Muitos vinhos que seguem práticas veganas fazem questão de destacar isso em seus rótulos ou websites para facilitar a identificação por parte dos consumidores preocupados com questões éticas e dietéticas.
6. Tonalidades que contam histórias
As cores de vinhos contam histórias fascinantes. Os brancos podem variar de branco papel, leve e acídulo, a um amarelo ouro intenso, resultado de maceração ou envelhecimento em barris de madeira. Os rosados, provenientes de uma mistura delicada entre cascas e mosto, apresentam-se em tonalidades como rosado, cereja e clarete. Já os tintos, desde o púrpura estruturado até o marrom decadente, evoluem com o tempo.
7. Vinhos brasileiros: uma excelência que é coisa nossa
Ao explorar o mundo do vinho, não podemos esquecer das riquezas das vinícolas do Brasil. Em regiões como a Serra Gaúcha, vinhedos brasileiros produzem verdadeiras obras de arte líquidas. Experimente vinhos elaborados com uvas como a Cabernet Sauvignon nacional ou a frutada e elegante Merlot brasileira.
8. Meu rótulo “vinagrou”! E agora?
Evitar que o vinho se torne “vinagre” é crucial para preservar suas características e sabores desejados. Aqui vão algumas dicas para evitar que seus próximos rótulos de vinho se transformem em vinagre:
- Armazenamento: mantenha o vinho em uma posição horizontal para manter a rolha úmida e evitar a entrada de ar. Armazene o vinho em um local fresco e escuro, longe de fontes de calor.
- Vedação adequada: certifique-se de que a garrafa esteja bem vedada após cada utilização. Utilize um corta-gotas ou uma bomba de vácuo para remover o ar restante na garrafa antes de fechá-la.
- Evite mudanças bruscas de temperatura: mantenha o vinho em um ambiente com temperatura estável. Evite variações bruscas de temperatura.
- Utilize rolhas de qualidade: prefira vinhos com rolhas de qualidade, pois elas desempenham um papel importante na vedação da garrafa.
- Evite exposição ao ar: despeje o vinho com cuidado para evitar a entrada excessiva de ar durante a transferência da garrafa para a taça.
- Vinhos jovens são mais suscetíveis à oxidação. Consuma-os mais rapidamente após abertos. E mantenha as garrafas longe da luz direta do sol, pois a luz UV pode acelerar a oxidação.
Ufa! Nesta jornada pelo universo pelas cores de vinhos, descobrimos que cada garrafa é uma história única, tecida por uvas, solos e cuidados artesanais. Se você é apaixonado por vinhos e deseja se aprofundar nesse fascinante universo, o curso de Wine & Spirits do Le Cordon Bleu é a escolha ideal para você.
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